PlanetaBrasileiro

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Feliz 2012 a todos. Tenho estado meio ausente. Estou buscando novos caminhos. Tem laguem ai que não está? Hoje no 10o dia do segundo mês do ultimo ano da história do mundo acredito ter encontrado uma trilha. Em todas as vertentes do meu trabalho sempre existiu um certo gosto pelo insólito. Sou afinal um surrealista afoito desde que conheci Buñuel, Man Ray e Magritte que me inspiram até hoje. Trata-se de fotografar a realidade para criar uma nova realidade. Como exemplo poso mencionar os títulos de algumas exposições que realizei durante os anos como: Caçador de Mim, e Realidades Apócrifas. Pois bem, estou postando aqui algumas imagens que exemplificam o processo:
Na primeira imagem quatro elementos compõem o conjunto: o de maior destaque são os olhos, depois vem os lábios em terceiro lugar o bico de coruja e o quarto é o desenho feito mão livre que parece delinear uma Burka. No segundo exemplo uma foto feita para um anúncio de vassouras com serragem encima de uma placa de eucatex pintada de azul o objetivo o discurso subjecente criado ao colar uma imagem do mundo por trás da sujeira implica;
"Varrer a sujeira para enxergar o mundo". O terceiro exemplo exemplificado por uma série de images surgiu de outra vontade minha; fazer a fotografia sair do papel. Criei uma escultura de uma gota de água em forma de cubo. Essa escultura foi exposta no MUNA em 2002 e depois ficou por ai em meu estúdio.
Num segundo momento fotografei a escultura e redimensionei em diversos tamanhos girando as imagens em ângulos diferentes pra parecerem uma chuva de cubos de água.
Essas imagens foram coladas contra um céu de fim de tarde do cerrado
e depois recebeu um rosto feminino. A essa imagem final foi adicionada uma pequena lua cheia.
Para finalizar -se bem que estou apenas começando - apresento a imagem da "Mulher Repolho".
Um dia na cozinha ao dividir um repolho roxo me deparei com ele me olhando. Parecia mesmo é um cérebro. Pensei então em encontrar um cérbero e aplicar dois olhos mas já possuía os olhos e o repolho me pareceu bem menos repugnante. Muito deste processo é intuitio. As coisas vão acontecendo. As imagens vão se criando. Existem dois fotógrafos contemporâneos que trabalham muito bem com esta linha de trabalho Um deles é Erik Johanesson um jovem finlandês posto aqui o link para uma apresentação do trabalho dele no TED. Vale a pena ver. O outro é um Francês de quem falarei em outra oportunidade. http://www.ted.com/talks/erik_johansson_impossible_photography.html?awesm=on.ted.com_Johansson. Agradeço um retorno e comentários.